quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ladoeiro contra o sobe e desce


É mais um ano no campeonato nacional da 3ª divisão de futsal. Neste com a firme convicção de que há argumentos para colocar cobro ao habitual sobe e desce. A Associação Cultural e Desportiva do Ladoeiro (ACDL) inicia já no próximo sábado o campeonato, com uma deslocação à quadra do Unidos do Cacém.

Do último fim-de-semana vem a eliminação do Aljustrelense, que também subiu esta época dos distritais, por 7-5. O Ladoeiro está na 2ª eliminatória e poderia muito bem ter evitado apertos (o resultado esteve em 4-3 e 5-4, perto do final) se não revelasse desconcentrações que empolgaram os mineiros, que se apresentaram na Beira com apenas sete unidades, duas das quais guarda-redes. Destaque para o hat-trick de Jorge Pina.

O treinador do Ladoeiro lembra que foi o primeiro jogo oficial da época, mas ainda assim registou pormenores interessantes, como “uma primeira parte do ponto de vista defensivo quase irrepreensível”. João Marques adianta que “chegou gente nova” e que não havia necessidade de “deixar ir longe demais o adversário, em função da qualidade que temos”. Desatenções.

O emblema desportivo ladoeirense tem um plantel mais equilibrado, de acordo com o acréscimo de exigências que o desafio nacional traz. Um equilíbrio bem recebido, naturalmente, pelo responsável técnico: “pode mexer-se na equipa e jogar com ritmos mais elevados. Essa competitividade, bem gerida, vai ser salutar”. Marques focaliza este aspecto: “tem de existir um esforço da parte dos jogadores no sentido de serem cada vez mais competitivos, entenderem essa mentalidade e serem unidos como um grupo. Porque essa competitividade permite-nos jogar com outro andamento”.

E bem que será necessário numa série complicada (3ª divisão C) como aquela em que o Ladoeiro calhou, com um significativo contingente de equipas de Lisboa e de Leiria, “zonas com muita tradição na modalidade e onde nunca se sabe qual é a verdadeira aposta que é feita para a competição”, evidencia João Marques. Que, contudo, não desarma: “temos os nossos argumentos. Acredito, plenamente, no valor dos jogadores que tenho aqui. Com rigor e muita concentração iremos ao encontro dos objectivos a que nos propomos”.

Evitar o sobe e desce dos últimos anos será prioritário. Depois, “o que vier a mais será bem vindo”. O técnico confessa que não se pode alargar muito nesta matéria, por não possuir um conhecimento profundo dos adversários: “desconhecemos a qualidade que a série vai evidenciar”. Mas está de sobreaviso e reitera: “se estivermos ao nosso nível e durarmos o tempo todo, cumprindo o que planeamos durante a semana, temos todas as condições para obter bons resultados”. A começar já no Cacém.

Fonte : Reconquista

1 comentário:

  1. Assim não admira... parece-me que existem jogadores com tempo de jogo obrigatório. Dos poucos jogos que vi, alguns foram perdidos por teimosia ou conveniência de alguém. Já está na altura de fazer algumas mudanças. Já vai o tempo em que se jogava com amor há camisola. Com muita pena minha... Gostava de ver o nome da minha TERRA falado no pais inteiro...

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