sábado, 4 de julho de 2009

Pedro Rego, candidato Independente à Junta de Freguesia do Ladoeiro



As Juntas de Freguesia não podem ser o parente pobre da democracia

Decidi aceitar o convite para escrever neste blog porque julgo que as eleições que se avizinham merecem um debate alargado junto da população do Ladoeiro. O voto é o instrumento precioso da democracia, e porque assim é, deve ser convicto e esclarecido. Tenciono, em poucas linhas, dar alguns contributos para que a escolha dos Ladoeirenses possa traduzir as suas verdadeiras aspirações, dentro do espírito daquilo que julgo ser, também, a intenção deste interessantíssimo blog.

Se é verdade que o voto é o instrumento precioso da nossa democracia, as juntas de freguesia, constituindo a base da construção administrativa, são o órgão de proximidade por excelência da administração com os administrados. São aqueles onde há muito se deveria ter investido, em recursos humanos, em dotação financeira, em equipamentos e infraestruturas.

Em Portugal, tem-se verificado o contrário. Na verdade, as juntas de freguesia, células fundamentais da democracia, são o parente pobre da nossa divisão administrativa. Com que resultados? Com o desaparecimento do nosso mais precioso bem: as pessoas. Os nossos jovens, os nossos filhos, os nossos netos, porque se vão eles embora da terra que os viu nascer e crescer? Porque deixam eles para trás pais, amigos e família? Porque vão eles para as cidades e para o estrangeiro, quantas vezes guardando no coração o seu torrão natal, na esperança de um dia regressar? A vida aqui não é fácil. Há poucas oportunidades de emprego e de construir uma carreira profissional compatível com o cada vez mais elevado grau de instrução escolar dos nossos jovens, cuja ambição natural os impele a partir, na perspectiva de conseguir melhores condições.

Não tenho uma varinha de condão e sei que não é fácil trabalhar nestas circunstâncias. Mas sei que não quero ser um presidente merceeiro, que faça a mera gestão corrente do dia-a-dia de uma pequena aldeia. Sei que não quero ser um presidente lacaio ou empregado do presidente da câmara, que se limite a cumprir a suas ordens, sem sequer as questionar.

A Junta de Freguesia é um órgão independente, autónomo e com poderes específicos. Por isso, quero ser interventivo, e reivindicar para a nossa terra, com justiça e ponderação, tudo aquilo de que ela carece, nem que tenha de bater a mil e uma portas, de gabinetes municipais ou ministeriais. Estarei na junta a cem por cento e só me motivará o servir a causa pública, o bem-estar da população e a defesa dos seus interesses próprios. Nada mais! Julgo que saberei estar à altura do desafio que tenho pela frente e que serei merecedor da vossa confiança para o enfrentar.

De entre as áreas de intervenção que me parecem mais prioritárias, e que por isso merecerá a minha especial atenção, gostaria de destacar o apoio aos jovens, à educação, ao associativismo e ao desporto (sendo impossível falar em curto espaço de todas elas). Seria fastidioso enumerar aqui todos os estudos e projectos que concebemos para esta área. Destaco apenas a Biblioteca, com valências alargadas na área das novas tecnologias da informação e da comunicação, o Auditório/Sala de Cinema, a Sala de Estudo e as Bolsas Académicas.

A criação de um gabinete de apoio ao investimento e ao empreendedorismo, se é verdade que poderá apresentar uma janela de oportunidades para os mais jovens, será igualmente uma medida de apoio às actividades económicas e à criação de emprego. Certamente, a agricultura será um sector de intervenção urgente, devendo criar-se uma plataforma multidisciplinar, onde os jovens se destaquem, capaz de repensar e fazer lançar a nossa agricultura, face a um mercado exigente e em constante transformação.

A sensibilização ambiental e ecológica, tão cara à juventude, não será apenas um contributo longínquo para a salvação do Planeta, mas uma via incontornável para chegar à utilização de novas fontes de energia, limpas e renováveis.

A aposta em jovens qualificados traduzir-se-à na criação de alguns postos de trabalho, em áreas como a educação, o serviço social e a animação sócio-cultural.
A valorização dos recursos endógenos não será descurada, no âmbito do nosso rico e vasto património cultural, sendo certos que muitos dos nossos jovens investiram em carreiras académicas deste sector de intervenção.

A criação do Gabinete de Apoio à Desburocratização, apesar de especialmente vocacionado para camadas populacionais de idade mais avançada, e com pouca escolaridade, será também um instrumento de apoio aos jovens, pelo que terá de inovador e de útil.
Correndo o risco de ultrapassar o espaço que gentilmente me foi concedido por este blog e porque as áreas onde penso intervir são muito numerosas, gostaria de remeter para o blog da minha candidatura, onde as medidas por mim preconizadas são bastamente esmiuçadas.

Fica o endereço (ladoeiroindependente.blogspot. com), e a minha inteira disponibilidade para um debate construtivo, no sentido de, em conjunto, construirmos um Ladoeiro melhor, porque julgo que esse é o desejo de todos.

Pedro Rego
Candidato à presidente da Junta de Freguesia do Ladoeiro

14 comentários:

  1. Sim senhor se voçe ganhar e se fizer tudo o k diz teremos um novo rumo para o ladoeiro...

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  2. Pedro, quero que saibas que eu e a minha familia estamos contigo e votamos em ti.
    És um moço dedicado e reconheço-te grande capacidade.
    És o melhor candaidato de todos sem comparação.
    A tua vitória será uma "bofetada de luva branca" aos poderes instalados nesta terra.
    Força amigo, não desistas !!

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  3. Considero consciente a visão que tem acerca da importância que as Juntas de Freguesias deverão assumir; pertinente a aposta no empreendedorismo e no ambiente; e, absolutamente, decisivo promover oportunidades para a população jovem.

    No entanto, no meu ponto de vista, ficou esquecida uma questão central: sabemos que a população do Ladoeiro é, na sua maioria, população sénior. E para estes, que recursos, que oportunidades, que apoios?

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  4. Candidato assim não são presios para o ladoeiro

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  5. João Luís Geraldes1 de julho de 2009 às 00:21

    É assim que eu vejo a democracia.

    Em primeiro lugar deixem-me felicitar os candidatos à Junta de Frequesia da nossa Localidade.Já o artista dizia:"O Povo é quem mais ordena. Dentro de ti, ó cidade.", mas no entanto, existem pessoas que tem aversão à palavra Povo. Pedro Rego diz e muito bem :"O voto é o instrumento precioso da democracia, e porque assim é, deve ser convicto e esclarecido". Existem mecanismos através, dos quais, o Povo se pode expressar através de manifestos apresentados à população. Muitos foram os nomes que surgiram nas listas mas...pergunta o Povo: para que servem tantos nomes?

    Em primeiro lugar, os candidatos convidam as pessoas para fazerem parte das suas listas.

    Em segundo lugar, os manifestos eleitorais devem ser elaborados com todos os elementos que estão nas listas. Deve o candidato de cada lista reunir com a respectiva lista e apresentar as suas ideias, bem como discuti-las. Depois disso, deve de ouvir os restantes elementos para que seja uma parte do povo a apresentar as suas ideias, é desta discussão que surge então o manifesto eleitoral.

    Deve a população estar esclarecida para poder exercer o seu direito de voto. Abraham Lincoln diz"Um boletim de voto tem mais força que um tiro de uma espingarda."

    Em ano de eleições todas as pessoas aparecem e dão a cara pelas suas listas,mas passado o acto eleitoral tudo volta à normalidade. Existe um local próprio onde se discute os problemas do Ladoeiro e onde a população não costuma estar presente. Refiro-me à Assembleia de Frequesia, orgão deliberativo da frequesia, que reúne quatro vezes por ano em sessões ordinárias. Na minha opinião, o Presidente da Mesa da Assembleia deve convocar o povo para assistir a estas sessões. Deve o executivo eleito ouvir as propostas da oposição, e se assim o entender, aceitar as criticas construtivas, uma vez que, as ideias apresentadas não estão patenteadas. Estou certo que, os membros da futura oposição têm ideias construtivas ás propostas que nada têm a ver com a ideologia política.

    Por ultimo, o executivo deve reunir com a restante lista que foi apresentada. Muitas vezes as pessoas são chamadas para as listas e nunca mais são ouvidas.

    É fundamental o povo ter uma campanha esclarecedora, onde não haja intrigas nem ataques pessoais, onde o povo tenha uma participação activa...é assim que eu vejo a democracia.

    Quarta-Feira, 1 de Julho de 2009

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  6. Socialista Idanhense1 de julho de 2009 às 10:07

    São ideias inspiradoras que o senhor Pedro Rego apresenta,não o critico por ter uma visão sonhadora, mas deverá de ter os pés bem acentes no chão antes de anunciar "promessas" ao eleitorado. Dou um exemplo quando refere que existirá uma sala de cinema refere-se a uma sala com um LCD ou a uma sala com condições de projecção de cinema em tela? Se assim for qual a empresa que vai alugar os filmes nesta aldeia?!!!
    Não quero com esta minha observação criticar mas sim alertar, tambem gostaria de relembrar o senhor Pedro que já muito criticou alguns apoios Camarários aos idosos do nosso Concelho, quais as mais valias que tenciona dar aos idosos do Ladoeiro é que em todas as propóstas que já apresentou nenhuma se refere a esta classe, porque será?!!!

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  7. Candidato independente por quem?

    Pelo CDS ou PSD.

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  8. É isto que eu gosto do Ladoeiro.. não é uma aldeia como muitas outras que ficam perdidas no esquecimento...
    Continuem com o bom trabalho!
    Parabens!

    Abraços a todos e ate um dia!

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  9. Ao menos o Rego dá a cara e nao se refugia debaixo das saias da mamã, quaisquer que sejam as ideias deste homem está a mostrar ao passe que o outros ainda nao abriram o biko

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  10. Dar a cara? O que fez com o blog dele não é dar a cara. Dar a cara era não se esconder atrás de um blog e escrever o que tem escrito. Dar a cara é dizer isso na cara às pessoas que ataca, olhos nos olhos. Isso eu pagava pra ver.
    E agora vem para aqui querer parecer o bom samarintano.

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  11. ao menos ele vem, quanto muitos acham que o nome é o suficiente para fazer campanha, em 11/10 veremos quem canta mais alto

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  12. Socilista Idanhense e outros comentadores deste blog apresentaram algumas questões suscitadas, eventualmente, por uma leitura apressada dos meus escritos, mormente dos publicados em Ladoeiroindependente. Todavia, a sua resposta não deixa de ter cabimento. Diziam que das minhas propostas nenhuma se destinava especialmente aos idosos. Nada mais incorrecto. Ora vejam. Porque razão os idosos não poderão usufruir da sala de cinema, para ver filmes, que eu sei que apreciam muito, por experiência própria, como a Canção de Lisboa, A Aldeia da Roupa Branca, o Pai Tirano, só para dar alguns exemplos? Ou porque não poderão usufruir do auditório, para apreciarem concertos do nosso Rancho Folclórico ou do nosso Grupo de Teatro? Porque razão não poderão passar tardes ou serões na Biblioteca, a jogar às cartas ou na conversa, ou na Mediateca, a comunicar via internet com os seus parentes distantes, em Lisboa ou no estrengeiro? Com efeito, se é verdade que a minha candidatura tem em vista medidas destinadas especialmente aos idosos, como sejam a criação do Gabinete de Apoio à Desburocratização, a contratação de Técnicos de Animação Social e de Técnicos de Serviço Social, não quer isto dizer que os idosos não possam usufruir de todas as minhas políticas. Reparem , eu vejo a nossa freguesia e a sua população como um todo, e não como um somatório de partes ou de classes, para usar a terminologia do Socialista Idanhense.

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  13. Pois sim, só ha uma coisa que é curiosa para mim então quando o senhor Pedro esteve mais próximo do poder porque é que não sugeriu propostas para melhorar a nossa terra?! Pois tinha o tacho não precisava de nos para nada mas agora as coisas mudaram e um ordenado de presidente da junta ainda da jeito as ideias nascem como poesia da cabeça do poeta, há coisas maravilhosas neste mundo!

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  14. Se o Pedro está a sonhar com ordenado da junta está muito enganado, como tambem está enganado o anonimo das 20:16, porquê, simples, nenhum dos presidentes de junta do concelho de Idanha, tem "ordenado" visto não poderem exercer a sua função a tempo inteiro porque as freguesias não têm o numero minimo de habitantes para que tal aconteça. Os presidentes de junta do nosso concelho recebem uma "compensação" no valor de +-250€.

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