A oitava Conferência Europeia de Geoparques reúne mais de 200 participantes entre hoje e quarta-feira em Idanha-a-Nova, sob o tema "Novos desafios do Geoturismo".
O anfitrião, Armindo Jacinto - que dirige o primeiro geoparque criado em Portugal -, diz que os desafios passam por "dar a conhecer ao mercado este turismo de natureza específico", baseado na geologia e paleontologia, mas que se estende a outras actividades.
As escarpas das Portas de Ródão ou os icnofósseis de Penha Garcia são dois dos 16 geomonumentos espalhados por seis municípios (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Proença-a-Nova, Oleiros e Vila Velha de Ródão) do Geopark Naturtejo, aprovado pela UNESCO em 2006.
"Há muitas vezes a noção de que o geoparque foi feito para cientistas ou geólogos. De facto, a classe científica está conquistada. Agora falta dar a conhecer à população a versatilidade deste geoturismo", realça Armindo Jacinto.
A Rede Europeia de Geoparques inclui 34 territórios espalhados por 13 países que testemunham a história geológica do planeta, "contada através de um património geológico único que potencia um desenvolvimento económico assente em práticas sustentáveis de turismo de natureza", conclui.
As sessões de trabalhos vão decorrer terça e quarta-feira, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova. Paralelamente haverá uma feira dedicada aos geoparques, na mesma altura em que a vila acolhe a Feira Raiana, que junta portugueses e espanhóis, e o Idanha Film and Internet Festival (IFIF).
Os participantes cobrem pontos dispersos do globo, que vão de representantes dos parques naturais da Islândia, até ao Ministério do Ambiente de Angola e ao Brasil, país que terá a maior delegação estrangeira presente e onde a Naturtejo está a apoiar a criação de geoparques.
A Rede Global de Geoparques é um programa instituído em 1998 pela UNESCO, que visa a promoção e conservação do património geológico do planeta e incentiva a investigação e o desenvolvimento sustentável das comunidades nos territórios abrangidos.
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