segunda-feira, 27 de julho de 2009

Unidos por Natureza


O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, tem uma abordagem inteiramente inovadora no panorama turístico português. Este destino, de Turismo de Natureza, procura promover os laços de comunhão entre a cultura e a paisagem unindo os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, a favor do desenvolvimento sustentado.
Na aparente monotonia da planura, quebrada apenas pelo agreste das suas montanhas residuais e pela profundidade dos seus vales fluviais encaixados, o Geopark Naturtejo conduz à descoberta da paisagem que caracteriza os 4600 Km2 do seu território, todo ele classificado e ao qual se pretende agora estender o território de Portalegre, na continuidade natural do Alto Alentejo que apenas o concelho de Nisa, até agora representava. Esta significativa área territorial, no contexto nacional, faz sentido por sua vez estar integrada, no Turismo do Centro de Portugal e Turismo do Alentejo, no Plano Estratégico Nacional de Turismo e na Rede Europeia e Global de Geoparks sob os auspícios da UNESCO.

O Geopark oferece hoje, no seu conjunto um vasto e riquíssimo Património Natural, Histórico e Cultural, destinos singulares de Natureza, 16 geossítios que contextualizam 600 milhões de anos de dinâmica do Planeta, áreas classificadas pela sua biodiversidade, Aldeias de Xisto, Aldeias Históricas e 70 monumentos classificados, relatando uma unidade milenar entre as infundidas práticas humanas e o ambiente.
Uma unidade territorial tão vasta quanto diversificada nos pontos de vista da evolução geológica e geomorfológica das paisagens, da sua biodiversidade, da história, da sua arquitectura, tradições e costumes das suas gentes que enriquece valores patrimoniais imateriais difundidos na linguagem, nas artes na música. Um património que se imiscuindo na cultura portuguesa contribuiu por milénios como nos dias de hoje, para o seu enriquecimento e difusão no mundo. São todos estes valores patrimoniais que a Naturtejo, enquanto empresa intermunicipal de promoção turística que dirige o Geopark Naturtejo, procura hoje dar a conhecer à Europa e ao Mundo.

Este conceito de Geopark, mais do que a classificação patrimonial da área que o caracteriza, com limites bem definidos, é sobretudo um projecto de desenvolvimento sustentável, tendo por base o seu património, para criar riqueza, influenciar o PIB do território, criar emprego líquido e garantir a preservação desse mesmo património para as gerações futuras. Os geossítios que caracterizam o Geopark, bem como a biodiversidade e o património histórico-cultural, são assim valores que se pretendem preservados com a acção das populações e a união de agentes Públicos e Privados, acarinhando e preservando o que de mais genuíno e autêntico possuem. Objectivos como o desenvolvimento sustentado, qualificação, a conservação e desenvolvimento científico, a educação, explorando métodos de excelência e organizando actividades para o público, comunicando o conhecimento e a prática de conceitos ambientais e culturais, são assim os alicerces fundamentais na definição abrangente do Geopark Naturtejo.
Eng. Armindo Jacinto
Vereador do Turismo da Câmara de Idanha a Nova

1 comentário:

  1. Não há ninguem que tenha alguma coisa a dizer a este comentário?.
    O Ladoeiro não faz parte do Tejo Internacional mas o Rosmaninhal a Zebreira e Salvaterra do Extremo julgo que são abrangidas pelo Tejo Intern. por isso poderiam fazer algum comentário como por exemplo onde são ou estão a ser aplicadas as verbas de milhões de euros da comunidade .

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